No que diz respeito à ventilação de espaços confinados, a NR33 e a NBR16577 possuem recomendações para seleção, instalação, uso e manutenção de equipamentos. Conforme expõe a NR 33, os riscos atmosféricos são as principais causas de acidentes em espaços confinados, assim, a ventilação é usada como forma de manter a concentração de oxigênio dentro de uma faixa segura e também promover conforto térmico (através da remoção de carga térmica) e respiratório (através da diluição e extração de contaminantes) dos trabalhadores.

A ventilação ideal é determinada através do dimensionamento da vazão de ar para Ventilação Geral Diluidora (VGD) e para a Ventilação Local Exaustora (VLE), assim, algumas informações são fundamentais para os cálculos de vazão e para seleção dos equipamentos adequados para esta função, tais como:

· Geometria e Volume do Espaço Confinado (EC);

· Quantidade e dimensional das aberturas e disposição das mesmas no EC;

· Interferências externas e internas ao EC;

· Poluentes presentes no ambiente: propriedades físicas, toxicológicas e taxa de geração dos contaminantes;

· Número de trabalhadores no interior do EC;

·Carga térmica gerada no interior do EC;

·Tipo de trabalho que será executado no interior do EC.

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Mais especificamente, a VGD tem a função de promover um determinado número de renovação de ar por hora – usualmente entre 10 e 60 renovações por hora conforme especifica a NR33. Esta pode ser promovida através da Exaustão ou do Insuflamento, sendo que para ambientes com geometrias não favoráveis ao fluxo de ar, é recomendado o uso simultâneo da Exaustão e do Insuflamento.

Já a VLE tem a função de coletar os poluentes junto a fonte que os produz, evitando assim, que os contaminantes se espalhem no ar. Normalmente a VLE é composta de um captor, dutos flexíveis e um ventilador centrífugo. Portanto, deve-se, ao utilizar a VLE, posicionar o captor o mais próximo possível do ponto de geração de contaminante, de forma a criar um fluxo de ar que promova o afastamento dos poluentes da zona respiratória dos operadores. A figura abaixo foi retirada da NR33 e representa um sistema VLE.

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Alguns cuidados são recomendados em instalações para Ventilação de Espaços confinados, tais como:

· Levar em consideração a densidade relativa dos gases no interior do EC para posicionamento da captação e reposição do ar;

· O ar de reposição deve ser limpo, livre de contaminantes atmosféricos;

· Evitar curto circuito (retorno do ar que foi retirado do EC);

· Evitar o bloqueio do fluxo de ar por lonas, papelões, panos entre outros;

· Evitar o posicionamento dos bocais de descarga e/ou captação de ar próximas a paredes ou possíveis bloqueadores de fluxo;

· Evitar o esmagamento dos dutos flexíveis, tanto durante as operações quanto no seu armazenamento;

· Monitores de gás devem ser utilizados simultaneamente à ventilação.

Além disso, caso sujam dúvidas, estas devem ser esclarecidas com pessoal técnico especializado em Ventilação e Espaços confinados.

Assim, observa-se não apenas a importância da Ventilação em Espaços Confinados para a saúde humana, mas também sua complexidade e a necessidade de desenvolvimento de conhecimento técnico para que as instalações sejam realizadas de forma a promover a segurança dos trabalhadores.

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